quinta-feira, março 04, 2010

Fotografia Divina

Disparo sem flash,
tento captar a essência daquilo que és e vejo,
separo as tonalidades de branco
para deslizar sonhos em película digital,
posicionaste em formas sensuais
vestida a preceito,
deixando o amargo sabor do desejo pairar no ar.

Pouso de leve a máquina
para que o ruído não estrague o momento,
oriento as minhas mãos para que à vontade me deixes tocar-te,
revelo a tua face à pouca luz necessária para a perfeição,
volto à minha posição, objectiva em punho,
foco o meu olhar no teu corpo directo,
disparo mil vezes sem olhar à razão,
até que te despes de preconceitos,
e em tom de provocação,
enches o meu espaço com a tua roupa espalhada,
não tremo nem esboço emoção,
hoje és modelo e eu profissional.

São delineadas posturas não convencionais
que criam o ambiente selecto para o que buscamos,
Eu,
a magia da imagem,
Tu,
a derradeira verdade de que és Fabulosa.

Entre clicks, luzes alteradas,
o leve aroma a baunilha e coco,
o calor de um olhar escondido,
tiramos a Fotografia Divina,
onde Tu és Deusa,
onde eu, para sempre mortal,
sem um toque, um olhar directo,
sem emoções dispersas que distraem,
sem flash e sem roupa...

Descobrimos a essência de nós.
Encontramos o nosso futuro.

Agora vou,
acordar de mais um sonho
e descobrir que são apenas saudades,
saudades de um futuro que não acontecerá.

Du'Art

Cubo Mágico

Completas assim as paredes deste cubo invisível,
mágico pelo sentido que tomou,
cuidadas as peças de um assunto delicado,
seguro assim o prémio conquistado a esforço.

Levanto bem alto para que possas ver,
que todas as minhas dúvidas,
foram assim emancipadas por uma viagem tumultuosa,
e a resposta aos milhões de duendes é uma.

Chega, chega de perder o sono,
de deambular por cantos da mente à muito adormecidos,
cheguei ao ponto de não retorno,
completei o cubo invisível, de magia rodeado.

Testei todas as combinações passíveis de um futuro,
combinei cores, sons, medos, faces, sorrisos, vidas...
E até aquele beijo que teima em demorar.
Está perfeito assim, tem tudo.
Está completo,
todas as peças divinamente expostas.

Hoje, o futuro passou por mim e sussurrou.
Hoje, como à muito não acontecia,
és tu o cubo mágico, completo, maravilhoso.

E confesso-te, em resposta à tua voz,
a partir de hoje...
Sou Teu 'I'm yours for the taking'.
Completo e imune.

Du'Art


P.S. - Se isto não é o futuro, bem perto pode ser descoberto meu Doce. Agora sim, podes fugir a tudo o que duvidas sentir.

quarta-feira, março 03, 2010

Lábios Divididos

Hoje, desde à algum tempo,
tenho os lábios divididos.
Divididos entre a Paixão e a Razão,
estrada de dois sentidos
que perde o caminho e salva o destino.

Lábios meus,
que tremem ao sentir-te longe,
divididos são ao ver-te chegar,
sóbrios ao ver-te partir,
ardem calados ao pecar num sonho convertido.

São meus,
são os lábios divididos,
entre a Paixão e a Razão,
que razão tão falsa
como minha falta de vontade contigo,
contigo divido-me num perdão pesado,
querendo mais e calando por menos.

Estrada infindável
e muito mais de 2 sentidos,
baralham o destino de um dia sermos Um.
União da Paixão com essa Razão parca.

Um dia meus lábios deixaram de estar divididos,
para com toda a Paixão e Razão concreta
se ligarem aos teus num beijo profundo.

Estes meus, um dia serão teus,
serão nossos.

Hoje divididos,
um dia...
Convertidos


Du'Art

segunda-feira, março 01, 2010

Silêncio (em resposta à tua voz..)

Silêncio... é a Tua voz que entoa..

Silêncio .. é o teu olhar que voa..

Queria ser parede... e sangrar alegrias..

Queria ser caminho... directo a Ti...

Poderia cantar aos Deuses..

A alegria que és para mim..

Poderia chorar ao Mar

A distancia que teima em não desistir.

Vou chamar os anjos...

Gritar bem forte o teu nome.

Vou deitar na areia..

Desenhar nas ondas o meu amor.

Posso passar uma vida sozinho..

Posso nunca conquistar o meu Doce

Posso viver com tristeza de uma vida..

Posso, mas não vou, não quero, não devo...

Silêncio... tudo é muito.. mas nada ...

É Silêncio..

Posso tudo, mas vivo a alegria de saber, apenas saber.. que Existes.

Du'Art

domingo, fevereiro 28, 2010

Uma Flor para a Madeira

Do Continente para a Madeira
Todo o mundo
Deve ficar junto
Encarar os problemas
Que todos temos
Depois ver como poderemos sobreviver.
Eu pedi uma flor para a Madeira
E vi um sorriso...
O que vejo nas pessoas
É que ganharam o amor
E tudo o que o rodeia
Eu encontrei a minha paz
Na memória fraca dessa Madeira nossa
Juntos faremos mais, juntos faremos a Paz
"Quais são as probabilidades
de Ter uma vida normal"
Depois de uma Catástrofe assim
"Com a solidariedade de todos"
Tempos e lágrimas para medos
Mas uma pessoa deve viver cada dia
Para ajudar o próximo
A Madeira continua a mudar
A apagar medos, a dar alegrias
Previsões voam para as estrelas
Os amigos fazem-se
As ruas enchem-se de vontade...
Todos havemos de encontrar
A Saudade de um tempo melhor
Agora, eu só quero reconhecer
A Madeira é um templo
Ninguém lhe pode fazer mal
Pois juntos encontramos a paz
Juntos encaramos a solidariedade
Que estava dentro de nós...

Este é o meu pequeno contributo... Ajudem a ajudar.

Du'Art

quinta-feira, fevereiro 25, 2010

Porto de Abrigo

Vem,
como és, como foste,
como desejas terminar o sonho.

Vem,
com todas as mágoas,
as tristezas, o silêncio de uma vida a dois...

Vem,
Trás os sorrisos, as conversas amenas
A efusão de um grito mudo de alegria.

Vem,
Sabes onde me encontrar,
Sou quem sabes que te quer bem,
Sou quem não te exige a vida.
Sufoca por outros e eu espero-te.

São palavras,
Serão sempre palavras o que me une a Ti.
Procuraremos mais e mais...
E encontras.. Encontras-me a mim...
Disponível de alma...
Esta alma reservada para um dia melhor.
Prendo a sensação que me faz bem, para te ver melhor.

Guardo com alegria todo um futuro que não acontecerá,
Mas vivido, em pensamento.

Perco os meus braços para um abraço,
quase perfeito, em silêncio...
Só porque sim.
E Beijo-te... mentalmente.. Porque é bom.

Vagueio-me por todo um mundo de possibilidades,
e encontro-me com a barreira de sempre...
Respeito e ideias vagas assombram-nos os desejos.
E controlo, ergue-se a barreira de consciência...

Hoje vens, com tudo, para me dares nada.
Vem, espero-te, com nada para te dar tudo.

Definições surdas de uma distância rainha,
sugam a energia do que poderia ser contigo.
E sorrio, ao ver-te sorrir.
Pois sou eu, desenhado de verdade.
A nossa Verdade.

Mostro caminhos,
estradas que te levam por vezes para perto de mim,
ensino-te ruelas, para puderes fugir para longe.
Sou passado, presente e futuro...

Sou Du'Art
Sou Amigo
Hoje sou como sempre...
O teu 'eterno' Porto de Abrigo.


Anyway, I'll Die without a tear!!!

Du'Art

domingo, fevereiro 14, 2010

Elogio à Mulher!!!

Surto da vulgaridade que em mim abstenho, atrevo-me a fazer assim, a tentativa de um elogio à mulher, a todas, aliás, sem excepção.

Sinto-me limitado pela minha própria existência, como encontrar a fórmula tantas vezes tentada e raramente conseguida.

A Mulher, definida muitas vezes pelo seu corpo, será um excelente início, melodioso poderei chamar a todos os movimentos intimamente unidos à sensualidade de cada curva. Ao poder constituído por cada gesto, de sessão nostálgica, indolente à idade, à altura e até ao peso. Ao benigno deleite do seu aroma, o excessivo ondular extasiante dos seus cabelos. O coração desenhado no rosto, de formas ilimitadas da beleza, comparadas à perfeição do conforto de um abraço...

Não, em vida não conseguirei descrever a beleza do que torna cada Mulher, perfeita. Seria reduzir a sua essência a poesia num relato de futebol.

E como vivem? Cada vivência, cada momento combinado, fazem cada pessoa, singular, distinta, única. Existe pois, um conjunto que se pode intitular de modo de vida, personalidade, onde no seu íntimo, existe a suavidade, a ternura, uma atenção escolhida por Deuses, a todos os pormenores que a rodeiam, como Lua Cheia a iluminar cada caminho percorrido. Autêntica telepatia à acção, ao sentimento exterior de quem passa ou fica, soberbo o pensar mil e uma definições, para uma.

Inteligente, na sua eterna disputa vencedora na abstracção, na mente aberta, superioridade de perdão.

Poderá uma Mulher classificada num todo? Aquando de um elogio, uma amizade, um ombro amigo, um bater de coração.

Conheço milhares e cada vez mais fico estupefacto sobre aquilo que aprendo, seja na diversão, no prazer de um jantar a dois ou no silêncio de um passeio à beira-mar. Os sentimentos, o chorar, o beijar pelo gosto, a verdade incapacitada numa complexidade de tons sérios e brincadeiras.

Sem dúvida uma força da natureza, pela resistência a momentos cruciais de escolhas profundas, aguentam tanto a calmaria como a tempestade que se sobrepõe, emocionalmente são Deusas quando se trata dos seus. Renegam a dor e à energia desgastada até ao objectivo definido, momento depois de nós termos dado de nós ao desespero.

Rainhas na implementação de regras pormenorizadas por quem vive, seja família ascendente, descendente, amizades ou a eterna paixão que invocam a quem amam.

São Mulheres e difícil será dizer mais. são quase leis a cumprir, sem nunca contornar, complexa sensação espiritual que nos permite sonhar, um dia, encontraremos a Mulher para nós.

O Poder instruído que permite engravidar, e carregar no ventre uma nova vida, uma nova pessoa, quem sabe, uma nova Mulher para dar continuação à perfeição existente em cada uma delas, em todo o seu corpo, rosto, sorrisos, movimentos saudosos, personalidade, acções ou reacções, os olhar conquistadores, e no final uma palavra. Mulher.
Parece-me inútil tudo o que possa desejar dizer sobre a Mulher, qualquer elogio será vão, mas em todo o caso sentido, como qualquer mão dada, cada beijo, cada abraço, cada bom dia de um novo filho, cada preocupação de cada mãe.

Sou pobre em palavras para descrever as Mulheres num todo, sou melhor particularizando as sensações sentidas pela minha pessoa. Mas tento, em Vida, elogiar o mais belo ser.

Minuciosa a forma de verem um movimento, um olhar, um elogio, um lisonjeiro comentário, uma prazerosa forma de estar e viver.

Impossível não amar eternamente uma Mulher na vida, seja mãe, amiga, amante.

Tentei infrutuosamente dar o meu contributo em palavras de forma a surtir um elogio, frustrada a sensação finalizada, deixo apenas duas palavras.

Perfeita Mulher.

Du'Art

Sou Dualidade

Sou a Dualidade. Em mim tenho de tudo, Sou Deus, sou Mortal. Vivo à imensos séculos, acordado à muito menos. Sou o vento que sinto, Sou o sol que aquece. Sou chuva na face, Sou luz em dias cinzentos. Sou o oceano, Sou rocha a coral pintado. Sou... Dualidade. Sou 2 para sempre 1. Sou o que precisa, Sou o que não quer. Sou o que tem, Sou o que não merece. Sou Vida, Sou respiro de morte transpirada. Sou Eu, Sou Eu. Sou Dualidade. Sou Arte, Sou Du'Art. Sou Poesia, Sou Prosa. Sou Fotografia, Sou Flash moderado. Sou Artista, Sou um nada. Não sou Du'Art apenas nos seguintes termos: Sou Rei, Sou Principe, Sou Gigante, Sou Anão, Sou Deus, Sou Mortal, Sou Pecador, Sou Santo, Sou Personalidade, Sou Sérgio Allen. Como Du'art, Sou o que Sou, e Sou sem margens para dúvidas Dualidade.

sexta-feira, julho 10, 2009

Message in a Bottle

Quero dizer-te o que vai cá dentro, sem floridos, sem enfeites nas palavras, quero dizer-te a cru, a nu, o que sinto em mim, por Ti.

Antes de explicar o principal preciso que saibas o quanto me fascinas.

Fascinas-me em mil formas todas elas contabilizadas mas nunca podendo ser decifradas.

Fascinas-me porque sorrio quando somente em Ti penso, quando te vejo, então, todo o meu corpo treme por mais.

Sei que sabes, com todo o mundo sabe, que não existo em Ti, aliás, para Ti. Sou pedra, invisível, sou mais um desconhecido.

Mas fascina-me o modo que sorris, que beijas as faces (dos outros), os movimentos que vejo em Ti, em Ti, em mais ninguém.

Fascina-me os momentos eternos em que dou comigo a pensar em Ti. Em nós (no que poderíamos ser).

E o modo que entras no meu sonho, por vezes de deus menor, aos montes de vontade que tenho contigo.

Os brindes que imagino oferecer a cada copo que levantas, até a beber tens o teu charme.

Mas confesso também que são os teus lábios, que me levam ao céu infinito, são de uma perfeição que não consigo descrever, é-me impossível.

Junta-se o cabelo, penteado cuidadosamente a dar ar tímido, e melhora a face, delineada por Deuses maiores.

Não falo das outras superficialidades, sou sincero quando digo que me fascinas.

E a escrita? Essa que sou viciado, completamente embriagado ando, essa que já tentei por milhões de sentimentos ensaiar poesia, recitar um elogio, ou sei lá, um simples obrigado por me mostrares que ‘A vida é sim ‘’Sim’’ ‘.

É estranho frasear algo quando não se conhece alguém, claro que já trocamos 2 beijos, aliás, 4 (todos eles na face), mas nunca em tempo algum me foi permitido um conhecimento profundo do teu ser social.

E mesmo assim atribuo a culpa atribuo a mim, que falta a coragem para ter a iniciativa, de me levantar da mesa, chamar-te à atenção que existo e receber mais 2 beijos e uma dose de conhecimento (real).

Fascinas-me por me agradas, agrada-me a forma como me sinto por ti.

Não me faz melhor, mas pelo menos mais Vivo sim.

Já ninguém acredita que tenho algo de santo, por isso digo, que se me fosse permitida a oportunidade de adorar-te, seriam séculos em que te veneraria, eternidades em que me encontraria em Ti, e no final repousadamente, adormecerias no meu peito teu.

Tudo num minuto, no nosso minuto, porque teríamos o tempo só nós pertença, apenas se me fosse permitida a opção.
Fascinas-me, não me canso de repetir.

Mais seria abuso. Hoje claro, amanhã é incerto que te volte a ver, ou então o inverso, vivermos felizes para sempre.

É utopia? Não, quando o Sempre pode ser definido apenas por dois corpos.

Esta é a minha mensagem para Ti, espero que hoje, ou daqui a mil anos, possa chegar a Ti.

Entretanto, passa por mim e ignora-me (não é um pedido).

A Ti, que gostas de viver sem rede, no nome tens o meu passado e elegância em tudo o apresentas… E Fascinas-me.

O resto, é fugidio e molda-se a cada dia sereno.

A Ti, Menina-Mulher, este é o meu legado.

Afinal, posso ser o teu único refúgio.


Du’Art

I'll Love You Till the End'

Sou Passado, Amor, Sonhador...

Chegou a altura de pensar...

O que correu mal minha querida?

Sempre te tratei bem, na medida que me foi possível, sei que não tenho o Toque de Anjo, mas ainda te Amo do jeito que te faz sentir única.

Foi a sedução de um outro que te levou para longe de mim?

Foi o silêncio solto nas minha paredes que te afastou?

Foi saudade? Daquilo que nunca vivemos?

Saudades... Sinto sim.

E poderei viver mil sonhos que nunca viverei tal Amor Perfeito outra vez.

Quero apenas poder dizer-te que estou curado, em paz com os meus princípios.

Princípios, não ideais, ideal seria adormecer no teu grito, hoje.

Amanhã seria só nosso, como sempre foi, desde o primeiro inicio.

Ensinas-me a correr, do mesmo jeito que te relembro como se voa.

A dor da primeira queda não se sente, vive-se intensamente.

Venham as fotografias e todos os sorrisos molhados na areia, parte-te a fortaleza de cristal com um sopro de vivência, interpretando o prazer da justiça, pela aventura, pela nossa aventura.

A dois, por um, hoje, para sempre.

Corro sem me cansar ao encontro de uma memória tua.

Aquele momento que deslizou da tua boca o mais soberbo som de sentimento.

Também te Amo, desde esse dia, agora sozinho.

Canto à chuva, abrigado pela alegria de um dia termos partilhado uma vida.

Venço o concurso dos deuses, ao sofrer em silêncio, sem culpa... nem culpado.

Lembra-te só, dos poemas que fizemos por amor, debaixo de céus estrelados a azul.

De momentos de nossa pertença, terminados apenas por badaladas inocentes de um novo dia.

Amava conversar contigo, é essa a Verdade.

E Amo tudo o que em Ti se vê, e tudo o resto que só eu via.

Dizem loucos que a vida continua, que o passado é apenas memória.

Se é memória, se continua, que faço eu agarrado a uma esperança vã, sem remorso, espiritual.

Estarei louco de Amar o que de passado se alimenta? A que fado me condeno?

Entre magias e esquecimentos... Perdi-te fugiu de mim a força para te conquistar novamente.

Agora sou, um Dicionário de Sonhos... e de todos os desejos, um é para Ti...

Queria uma noite contigo para te confessar que ainda te Amo, que adorava o teu cheiro, o teu sorriso, a dança de sentimentos, a sincronia perfeita do que éramos juntos, Adorava adorar-te.

Queria apenas uma noite contigo, para te amar...

Uma noite, todos os dias.


Du'Art


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Anyway, I'll Die Without a Tear.

Já foram mais fáceis os abraços.

Desculpa, podes aumentar o som da TV?

Acordo com um abano na Alma,
quem me chama, quem me chama?
É preciso ser desabrido tão cedo?
O Poder poderei tirar-te a qualquer altura.
São cinzas que esvoaçam livremente e nem lhes olho.
Deixa-me sossegar, chega de palavras, de almas vestidas de falso.

Verdadeiros são os meus motivos,
deixa a minha Alma, procurarei descansar.
Preciso de forças nos braços, coragem no olhar.
Salva-me do desaire, ainda quero almejar o Universo,
em Ti.
São magias e altos poderes ocultos,
divididos entre o são e encantado.
Tranquiliza-me, os Feitos são para os heróis.

Passam velozes e exânimes,
São esboços, perdidos, afastados numa música 'sexista'.
Reencontro a Alma, a minha Alma.
Paro, emito sons que não reconheço.
É preciso acordar, mas não Eu.
Corro a pente fino uma mente desperta,
perco a razão quando a tensão aumenta.
E aumentas também.
Leva-me ao sono, deixa minha Alma em paz.

E na altura de a Cumprimentar, só consegui fixar a TV.

Du’Art

--
Anyway, I´ll Die Without a Tear.

29-05-09 Uma noite de pouca memória.

Será crime pensar que aquela noite foi mágica?


Poderei Eu ser condenado por sentir algo cá dentro depois de momentos maravilhosos contigo? Perdido na simplicidade. Serei chamado de Louco ao gritar ao mundo que me fascinei por Ti?


Quero saber mais do que me lembro, mais do que conversamos foi o teu olhar que me prendeu, e com ele rendo-me hoje ao esquecimento dos Deuses, da Lei em si, a uma sociedade perturbada, hoje sou eu que me vingo do sentimento, e que sentido poderei eu seguir nesta busca dolorosa do que foi a nossa noite... Procuro-te no pensamento, nas memórias e choca-me saber que nunca seria correcto que te confessasse o que senti.


Resta-me o silêncio, a alegria muda da lembrança que guardo no interior do que foi aquela minha e espero que também tua, noite.


Perdi a razão ao olhar nos teus olhos, o juízo quando me perdi em palavras e encontrei a dor cega, quando com outros te vi.


Mas nada te devo e nada de Ti espero também, foi maravilhosa a sensação de uma noite quase perfeita, é essa a memória que guardarei com carinho, sigo agora o meu caminho, como sempre, sozinho, bem acompanhado.


Talvez um dia nos voltemos a conhecer, a ler o que nos vai no olhar, a escrever em folhas soltas que em palavras não possa ser dito.


Talvez um dia nos voltemos a cruzar numa outra mesa de café e falaremos outra noite a fio.


Até lá, espero saudoso, que os estudos corram pelo melhor, que o ego continue em grande e que o olhar seja desperto por esse coração enorme que em Ti permanece escondido.
Prendam-me em coletes se voltar a pensar, queimei-me os olhos se voltar a fixar.


Contra todas as forças da natureza, deixo-te o meu Beijo com flores escondidas.

Du'Art MiGuel SilVa

P.S. - Foi estranha a sensação do dia a seguir!!!

Cartas de Amor... O que são?

Cartas de Amor, o que são, senão somente pensamentos profundo do dia-a-dia passados agradavelmente com a outra parte, ou serão apenas devaneios de uma mente perturbada pela poesia de momentos passados, são lembranças de um abraço silencioso no seio de uma conversa.

Cartas de Amor quem não precisa?

Escritas a pena ou visualizadas num qualquer monitor, trazem consigo a esperança, o fulgor de um amanhecer a dois, a aventura de um passeio, a imaginação de um futuro feliz.

Cartas de Amor, sempre juntas à felicidade, momentânea que seja. Quando escritas ecoam pelo mundo um grito mudo de quem leva um flor numa mão e o próprio Amor na outra. Quando recebidas, vê-se o nascimentos de um pequeno sorriso, puro, que ninguém pode notar.

Cartas de Amor, quem as escreve?

Seremos dignos de tal? Teremos em nós a força da confissão? O poder do perdão?

Podemos sentir o sim da outra parte? Conseguimos encarar o silêncio quando a resposta demora a chegar?

Vivemos para Cartas de Amor, para a felicidade, para momentos a dois no meio da multidão.

Cartas de Amor sou Eu, e talvez tivesses sido Tu, quando nos olhamos.

Cartas de Amor, são o mundo que te ofereço.

Du'Art

(Inspirado numa mesa de café em excelente companhia)

São Forças da Natureza 'endiabradas'

Hoje tendes a ser uma força da natureza, e eu contra Ti luto, pois quero fechar os olhos e sentir que estou protegido, em paz de espírito, mas inquieto me sinto, irrequieto me pões.

É uma voz quase inaudível, que salienta o facto de ainda permaneceres em minha mente.

Emoções empíricas que me turvam o consciente e sou obrigado a dar vida real ao sonho, tal como naquela noite, alteroso.

Abro mais uma noite sem dormir, deixo entrar a saudade das conversas, da companhia, da expressão no olhar que me mata como tridente de fábula contada em dia infantil...


Olho mais uma vez o relógio e fixo os segundos, foram eles que me condenaram a este pensamento.

E no final, sorrio, como na primeira vez, desta... Não brindo, apenas sinto.

Hoje, contra todas as forças da natureza, ainda permaneço intacto a pensar na 'nossa' noite.

Efeito nocivo de um futuro social.

Du'Art

P.S. - A sobriedade é interrompida na moral de um conhecimento maior.

A importância de Ser Du'Art

Chegará a altura que terei de te falar de pormenores.

Indicar-te-ei que todos temos um brilho, quase invisível, apenas perceptível ao olho mais atento. E a verdade é que mesmo desatento e interessado noutros pontos importantes da Tua pessoa, o brilho foi evidente, quase me cegando a vista, mal podendo olhar directamente.

Pensava que teria sido por algum liquido a memória turva daquela noite, mas agora vejo que nada mais foi que o pensamento bloqueado num só ponto. O teu olhar, o teu brilho. Esse que mata e dilacera, que suprime de ar quem dele se alimenta, auspiciosamente bizarro com jeito único de quem o bem trás.

Uma sensação inerente que faz julgar os Deuses. O olhar que tudo permite, sem perguntas ou segundas intenções, lida à pureza, invade toda a geografia corporal num frenesim paradigmático.

Uma morfologia descritiva de um elegante sabor a sal.

Pormenores de uma Vida, na importância de ser quem Sou.

E peço mais uma vez pelo silêncio natural, a Vida imortal do movimento futurista, onde me encontro mais uma vez com esse brilho de frente e me deixo levar, protegido da luxúria, comprometido à pureza dos sentidos.

Hoje não te gosto pelo teu brilho, respeito-te pela simplicidade.


Amanhã, não deixarei de olhar de frente para a tua pose de Menina Mulher.


'Ontem sonhei novamente que voltei ao passado...'

Du'Art

Na Essência da Perfeição

Pediste-me que o Abraço fosse prolongado a outros efeitos nostálgicos e que, nomeadamente seriam sentidos por todos, sem excepção.

Confesso que minhas palavras, tal como meus braços, apesar de mui nobres, não são suficientemente grandes para envolver os descrentes, os desprovidos da reacção perante a emoção.

Estou assim, na Essência da Perfeição, um linha ténue, onde pende a grandiosidade, em igual modo da solidão lasciva, nesta balança a que denominamos de origem.

Hoje a vontade é a glória eterna, e parca é a saudade de quem não viveu o suficiente até ao dia que abriu os olhos pela primeira vez. A primazia desmesurada de um principiante espirituoso.

Verdade será dizer que a Perfeição não existe, mas queremos sempre acreditar que perto dela conseguimos sentir.

São momentos eternos que nos fazem viver alados, onde a curva é sempre para o lado correcto, a velocidade nunca é demasiada, o atraso é programado, o vestido é a preceito e o beijo é sempre quase perfeito.

Vivo na essência daquilo que acredito, em trapézios que me fazem parecer gigante, na derradeira vivência de um ser único, sempiterno.

Hoje como tantas outras noites, um sonhador. Dedicando a vida às palavras, esperando que um dia o significado seja simplificado pela vontade de uma sociedade perfeita.

Este é o meu legado para Ti, perfeito na minha maneira de te querer bem.

Vivo hoje, como sempre, mais uma noite de braços abertos, alimentado pelos sorrisos e esses olhares que estão sem dúvida, na Essência da Perfeição.

Du'Art

O conforto de um Abraço!!!

É por vezes num Abraço que encontramos o refúgio que buscamos infindavelmente, seja na forma de um beijo, de um olhar, uma palavra de apreço, um momento de saudade, uma carta de amor, uma mensagem solta, um toque na mão, uma volta ao coração.

Um Abraço será sempre o melhor do necessário.

A esperança deixa de ser vã quando sentes os meus braços à tua volta a confessarem que não estás só, a protegerem, a amarem como se fosses única.

E único é o momento de união, em que te seguro à minha volta, te ofereço um pedaço do meu mundo, ainda que imaginário, e todo o respeito, o carinho, a vontade de um dia melhor, se torna verdadeiro, no meu Abraço, à tua alma.

Já os vi feitos de papel e até de areia da praia, já os vi nas estrelas, no banco de jardim, no indescritível sabor a mar, e contigo, naquela mesa vulgar, Abracei a noite para chegar a Ti.

São Abraços que cegam o mistério e me fazem querer chegar mais perto, descobrir-te o véu, bebendo suavemente o teu sorriso, saciando-me com o teu olhar pormenorizado.

Esse olhar que é muito mais que um Abraço, é sonhos imaginados a dois, autognose perfeita. Simbiose de sentidos atenuada por palavras meigas que nos ensinam o caminho para casa.

São Abraços da cor feliz.

O conforto inconfundível de quem te quer bem, o sincero poder da cura, física e psicológica, o esquecimento de um passado tristonho, a lembrança de um amanhã risonho, o momento único sentido por todas as veias onde corre o sangue quente, o privado universo dos sentidos, o Romeu para cada Julieta, uma melodia estranha onde se ouve em notas altas…

Eu estarei sempre aqui por Ti.


O meu Abraço por Ti anseia. Hoje aqui no escuro, imagino, um dia tudo será real. Entretanto estas palavras, são os meus braços para Ti estendidos.

O meu eterno Abraço.

Du'Art